Madame Curie

Título: Madame Curie

Título Original: Madame Curie

Direção: Mervyn LeRoy

Elenco: Greer Garson, Walter Pidgeon, Henry Travers

Sinopse: O filme conta a história de Marie Sklodowska, que se formou na Sorbone em física e matemática. Casou com o cientista francês Pierre Curie, com quem dividiu o prêmio Nobel de Física pela descoberta no campo da radioatividade.

Ano: 1943 / País: EUA / Duração: 124 minutos / Gênero: Biografia, Drama

Notas sobre o filme

Discurso da Madame Curie — final do filme

Mesmo agora, após 25 anos de pesquisa intensiva, sentimos que ainda há bastante para ser feito. 

Nós fizemos descobertas. Pierre Curie, nas sugestões que encontramos em suas notas e nos pensamentos expressados nos ajudou a guiar até elas. Mesmo que apenas um de nós não possa fazer muito, cada um talvez possa pegar um pouco de sabedoria, ainda que modesta e insuficiente, mas que pode despertar o sonho do homem de alcançar a verdade. 

Por meio dessas pequenas luzes em nossa trevas é que veremos pouco a pouco os esboços desse grande projeto que dá forma ao universo. E eu estou entre aqueles que pensam por este motivo. A ciência tem grande beleza e com sua grande força espiritual limpará um dia este mundo de seus males, sua ignorância, pobreza, doenças, guerras e mágoas. 

Procurem a clara luz da verdade. Procurem estradas novas desconhecidas, mesmo quando a visão dos homens alcancem mais longe que agora. A maravilha divina nunca nos faltará. Cada época tem seus próprios sonhos. Deixe então os sonhos de outrem para trás. 

Você, tome a tocha do conhecimento e construa o palácio do futuro.

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Maria Salomea Sklodsowska nasceu em Varsóvia, em 1867. À época, a Polônia estava sob o regime russo, e as mulheres não tinham direito à educação superior. Ela trabalhava para ajudar a pagar a faculdade de medicina da irmã, em Paris, França, e em 1891 se mudou para lá, para estudar matemática, física e química. Lá se casou com seu colega, Pierre Curie, em 1895. Quando sua filha nasceu, em 1895, ela começou a lecionar para ajudar a manter a família, mas continuou a pesquisar com Pierre, numa choupana adaptada. Após a morte de Pierre, ela aceitou a cadeira que ele ocupava na Universidade de Paris e foi a primeira mulher a ter esse cargo. Também foi a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar um segundo Nobel. Durante a Primeira Guerra, ajudou a estabelecer os centros radiológicos. Morreu em 1934, de anemia, provavelmente pelas longas exposições à radiação. 

(Extraído de O Livro da Ciência, por Adam Hart-Davis e outros. Tradução de Alice Klesck. São Paulo: Globo Livros, 2014)